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Um homem. Uma mulher. Intimidade. Dist,ncia. S,o estes os elementos que constituem um conto de Kjell Askildsen. Os onze contos desta colect,nea acontecem com frequ,ncia durante os breves e sufocantes ver,es ,rticos da Noruega, quando a popula,a emproada desabotoa os vestidos e ebriamente deixa escapar algumas verdades, para variar. No primeiro conto um homem espia a filha pequena e a amiga, mente para a mulher, embebeda-se e fere-se, de repente confessa-se , mulher. O que muda? Nada. No segundo conto um homem e a companheira tentam conversar enquanto tomam caf,, bebem vinho e fumam cigarros e falam um com o outro sobre os c,es que viram uma vez em Sal,nica a acasalar e que n,o se conseguiam soltar. O conto termina com o homem a partir a bengala em que se apoiava enquanto a companheira dorme no lado dela da cama. Noutro conto entra , baila uma est,ria de sexualidade desconfort,vel e incestuosa, cl,ssica caracter,stica de Askildsen. Um homem gravemente ferido est, aos cuidados da irm,, enquanto a mulher , enterrada. , um personagem de Askildsen: suficientemente ferido para estar preso dentro dele pr,prio, incapaz de negar os impulsos sombrios que tamb,m esconde. Os contos s,o paradoxalmente limitados e ilimitados. Pouca coisa acontece aos personagens, tudo fora da vida ordin,ria e nada externamente muito dram,tico. Mas dentro deles pr,prios, os personagens s,o tudo: infinitamente bons e maus, muitas vezes simultaneamente; t,m uma grande ternura uns pelos outros e s,o inefavelmente cru,is uns com os outros. S,o o mundo num gr,o de areia.