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O livro apresenta uma noçăo do signo diabólico nos processos midiáticos e sua permanente mutaçăo na traduçăo cultural. A sociedade ocidental parece permitir uma constante disseminaçăo de sua presença nos grupos sociais, tempos e lugares. Traduzido sob diversos olhares, o diabólico já foi imposto pela Igreja; auxiliado por aparatos técnicos, o gosto pelo sobrenatural foi seu aliado; e, pelos meios de comunicaçăo, mantém um misto de fascínio e repulsa temerosa. O diabólico - uniăo entre realidade e ficçăo - espetaculariza-se conforme o caráter violento de um ato negativo que associado a atores respeitáveis, atesta o provérbio latino corruptio optimi pessima. Essa análise apoia-se nas histórias de Suzane von Richthofen e Sérgio 'Fortalece' celebrizadas pela mídia. Ela, jovem parricida, membro da alta classe paulistana e ele, "menino-falcăo", entrevistado em um documentário sobre o narcotráfico. Representantes de uma extraordinária transformaçăo sociocultural, suas representaçőes midiáticas permitem justificar o desenvolvimento e a atualizaçăo dessa força perturbadora na contemporaneidade. Enfim, a reflexăo acerca dos disfarces do diabólico convidam, senăo seduzem com provocaçőes.