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Nesta pesquisa analisamos a intensificação dos investimentos retóricos, especialmente a elipse, na construção de sentidos em contos machadianos. Acreditamos que, por meio desse recurso temporal, o autor transcende a estrutura clássica do conto, principalmente a partir da ambiguidade de seus textos, pois essa técnica altera o processo esperado de refiguração da intriga. Para verificarmos as hipóteses de trabalho, analisamos todos os quarenta e três contos dos quatro primeiros livros de Machado de Assis (de Contos fluminenses a Histórias sem data). A partir das análises observamos que além da elipse, recursos como a ironia, o humor e a alegoria tiveram seu uso reforçado, o que aprimorou o texto machadiano no que se refere à construção da ambiguidade. Verificamos, também, que a elipse tem seu apogeu em Histórias sem data (1884). O trabalho é composto de cinco capítulos. O primeiro faz um breve percurso pela crítica machadiana tradicional e os demais tratam de cada um dos livros de contos, obedecendo à ordem cronológica de publicação. Cada capítulo tem sua conclusão, que servirá de base à conclusão final, resultante da relação dos resultados obtidos nesse trajeto.